Manejo integrado de tripes

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Os insetos conhecidos como tripes pertencem a ordem Thysanoptera e são caracterizados principalmente por possuírem asas franjadas. Apesar de algumas espécies serem benéficas na agricultura por predarem pequenos insetos, uma grande parcela é fitófaga, ou seja, se alimentam de plantas, apresentando dessa forma uma grande importância econômica na agricultura. Além disso, muitas delas são polífagas, se alimentando de diferentes espécies botânicas.

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Tripes adulto.

Danos causados por tripes

Os tripes podem ocasionar danos diretos devido à sua alimentação nas folhas, frutos e caules. Inclusive, vale ressaltar que eles são uma das principais pragas em cultivos de ornamentais já que muitas vezes, devido à sua alimentação, eles causam manchas nas flores, depreciando o produto. Os tripes também podem causar danos indiretos por serem vetores de vírus que afetam as plantas cultivadas, como por exemplo o vírus do vira-cabeça de extrema importância em solanáceas como tomate e pimentão.

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Rosa com danos causados por tripes.
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Danos provocados pelo vírus vira-cabeça.

Ciclo de vida

O ciclo de vida desses insetos é bastante peculiar. As fêmeas fazem uma postura chamada de endofítica, ou seja, os ovos são depositados entre os tecidos das plantas. Os ovos são seguidos por dois estágios ninfas que ficam na parte área das plantas e dois estágios que vivem no solo chamados de pré-pupa e pupa. Os adultos então retornam para a parte aérea dando início a um novo ciclo de desenvolvimento. Esse ciclo pode durar em torno de 15 dias, sendo aproximadamente um terço desse período (5 dias) no solo.

Dessa forma, considerando os danos diretos e indiretos causados por esses insetos e seu ciclo de vida, o controle de tripes em lavouras requer um bom programa de Manejo Integrado de Pragas para que diferentes estratégias de controle possam ser usadas evitando assim perdas econômicas nas lavouras.

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Ciclo de Tripes.

Monitoramento

O monitoramento é uma peça chave no manejo integrado de pragas. Para tripes, o uso de armadilhas amarelas ou azuis para a captura de adultos é bastante eficaz e assim o produtor pode acompanhar o momento exato da chegada desses insetos no seu cultivo e a sua densidade populacional, para que medidas de controle possam ser tomadas no momento correto.

Controle cultural

Para o controle cultural, principalmente referente aos transmissores de viroses, e quando se há o histórico de virose nas áreas de cultivo é preciso estar atento à presença de plantas daninhas que podem ser hospedeiras de viroses e dessa forma, devem ser bem manejadas. Restos culturais próximos às áreas de cultivo também devem ser evitados para que as populações não retomem para as plantas cultivadas.

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Controle cultural em tomate.

Controle biológico

Em relação ao controle biológico, atualmente no Brasil dois predadores são comercializados para o manejo dessas espécies. O percevejo predador que fica na parte aérea das plantas e se alimenta dos estágios ninfais e o ácaro predador de solo Stratiolaelaps scimitus que se alimenta dos dois estágios de desenvolvimento que ficam no solo: pré-pupa e pupa. A integração desses dois predadores é bastante satisfatória já que eles atuam em diferentes momentos do ciclo de vida dos tripes.

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Orius insidiosus predando ninfa de tripes na parte aérea da planta.
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Stratiolaelaps scimitus predando pré-pupa de tripes no solo.

Já em relação ao controle químico, existe hoje no mercado uma gama de ingredientes ativos registrados para o manejo de tripes. Entretanto, o produtor deve ficar atento ao registro de produtos para a sua cultura para que se possa obedecer ao período de carência de cada produto e, além disso, ele também deve rotacionar os diferentes mecanismos de ação para evitar a resistência das populações à esses produtos.

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Controle químico em solanáceas.

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