Controle biológico de tripes na cultura do tomateiro

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tomateiro (Solanum lycopersicum) é originário da região dos Andes (do norte do Chile até a Colômbia). Com a colonização das Américas, no século XVI foi levado para a Europa, inicialmente para a Espanha e Itália, países nos quais se adaptou facilmente devido ao clima, sendo que atualmente é cultivado por todo o mundo.

O consumo de tomate em parte deve-se a grande quantidade de substâncias benéficas como licopeno, caroteno e vitaminas. O fruto é apreciado de diversas formas como molhos e saladas, sendo esta última opção geralmente in natura. Devido a este fator, a redução do uso de agrotóxicos na cultura é de suma importância, uma vez que a colheita é realizada com intervalos curtos.

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Cultura de tomateiro em fase inicial, Centro de Inovação e Tecnologia – Promip.

O plantio começa pela produção de mudas, geralmente realizada em floating. Na cadeia produtiva de hortaliças de qualidade, a formação de mudas é uma das fases mais importantes para o ciclo da cultura, influenciando diretamente no desempenho final, tanto do ponto de vista nutricional como produtivo, pois existe uma relação direta entre mudas sadias e produção a campo.

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O plantio começa pela produção de mudas, geralmente realizada em floating.

USO DE ÁCAROS PREDADORES

Objetivando manter a qualidade das mudas, assim como do desenvolvimento inicial das plantas na lavoura, o uso de ácaros predadores como Stratiolaelaps scimitus vem sendo testado para o manejo preventivo de tripes. Uma vez que, espécies como Frankliniella shultzei ocorrem com frequência na cultura do tomateiro e podem ser importantes transmissores de vírus.

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Frankliniella spp. (Thysanoptera: Thripidae).

Este gênero, além de ser amplamente distribuído no Brasil, possui uma diversidade de espécies muito grande e o manejo químico destes insetos geralmente é dificultado em função das características de desenvolvimento, que dificulta a ação dos produtos, além de apresentar resistência a diversos grupos químicos de inseticidas.

O ácaro predador, S. scimitus, possui capacidade de predação das fases que ocorrem no solo, pré-pupa e pupa. Visando um controle ainda mais eficiente desta praga nas demais fases de desenvolvimento, a liberação do percevejo Orius insidiosus também é uma ferramenta muito útil para reduzir o nível populacional destes insetos.

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Ciclo de vida da maioria das espécies de tripes, com os respectivos insumos biológicos disponíveis para o manejo.

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