Realizado pela EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecuária), o curso de Formação de Responsáveis Técnicos e Auditores da Produção Integrada de Morango (PIMo) entre os dias 23 e 28 de outubro, em Jaguariúna/SP, reuniu 40 participantes, entre produtores, engenheiros agrônomos e outros interessados em receber a certificação em Produção Integrada.
O sistema de Produção Integrada é focado na adequação dos processos produtivos para a obtenção de produtos vegetais e de origem vegetais de qualidade e com níveis de agrotóxicos e contaminantes em conformidade com o que é estabelecido pela legislação.
A programação do curso, separou um dia em especial para tratar sobre a importância do controle biológico, dentro do Manejo Integrado de Pragas, no morangueiro. Com a Produção Integrada do Morango PIMo, a produção do morango evoluiu em todos campos: desde 2004 quando começou a ser difundida e trabalhada as Normas Técnicas Especificas houve a consolidação e organização das melhores e mais atuais respostas das ciências da terra para cada etapa do processo produtivo, o uso dos insumos foi otimizado, racionalizado e integrado a outros conjuntos de tecnologias.
“A base do manejo de pragas na PIMo é o monitoramento constante de pragas e de seus inimigos naturais e a utilização de todas as técnicas e métodos, de forma tão compatível quanto possível, visando manter a população de pragas-chave em níveis abaixo daqueles capazes de causar dano econômico”, explica a Dra. Maria Aparecida Zawadneak pesquisadora na área de Entomologia Agrícola, com ênfase no morangueiro na Universidade Federal do Paraná.
Benefícios do Controle Biológico no PIMo
Além do menor custo para o controle de pragas, a introdução de agentes de controle biológico não apresenta período de carência, fator importante, por se tratar de um fruto com colheita quase que diária. A adoção do controle biológico contribui para uma menor exposição do produtor aos agrotóxicos e ainda para a redução dos riscos de contaminação ambiental e de frutos.
“Na PIMo, há a geração de morangos de alta qualidade, seguros e sustentáveis sob os aspectos ambiental, social e econômico”, reitera Maria Aparecida.
O morango está entre as culturas que mais se utiliza agrotóxicos para o controle de pragas, logo, o controle biológico é uma das principais alternativas de manejo de insetos e ácaros pragas bem como de doenças para que haja uma produção mais limpa e sustentável, conforme o Dr. Marcos Botton, da EMBRAPA Uva e Vinho.
“Devido as características desse sistema de produção, ambiente protegido, cultura de consumo in natura, demanda por produtos “livres” de contaminação química, o controle biológico passa a ser uma das prioridades para o manejo de insetos pragas e doenças, seja para manejar populações resistentes aos agrotóxicos sintéticos bem como para controlar insetos e ácaros pragas visando a produção de alimentos com ‘resíduo zero’”, afirma.
O CEO da PROMIP, Marcelo Poletti, foi um dos ministrantes do curso, falando sobre o manejo do ácaro rajado nos morangueiros e apresentando as soluções desenvolvidas pela empresa em controle biológico. A PROMIP, considerada a primeira biofábrica do Brasil, tem em sua linha de produtos dois agentes biológicos de controle ao ácaro rajado: o NEOMIP Max e o MACROMIP Max.